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Trigo do Cerrado: a força do campo brasileiro impulsionando a panificação nacional
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É uma grande novidade no mercado da panificação, pois é o início de um projeto que há muito tempo vinha sendo esperado: um cereal que até então era pouco valorizado pela sua performance no território nacional e, de outro lado, um dos produtos mais consumidos no Brasil.
Sobre o pão francês
Atualmente, o pão francês seguramente está entre os principais alimentos consumidos diariamente em todo território nacional. Por isso, é fundamental ter um olhar mais atento e estratégico sobre ele. Embora, em muitos lugares, seja tratado como uma commodity, o pão francês pode ser responsável por até 70% da atração de clientes ao estabelecimento. Afinal, ele faz com que o consumidor se desloque uma ou duas vezes por dia até o seu negócio, ampliando, assim, as oportunidades para a venda de outros produtos.
Por ser um pão de produção diária, mesmo se tratando do segmento congelado, ele tem como particularidade a durabilidade. A vida útil do pão francês está diretamente relacionada ao rigor no processo de produção. Quando as etapas não são seguidas corretamente, o resultado será inevitavelmente um produto de baixa qualidade, perceptível já nos primeiros minutos após sair do forno. As características imprescindíveis nesse tipo de produto estão baseadas em três pilares, que podemos destacar:
·Crocância: sentir a resistência da casca;
·Aspecto visual: nesse ponto, na maioria das vezes, se busca uma casca bem corada, um tom mais amarelado e uma “pestana” (corte feito antes do processo de assar) saliente e descolada do miolo.
· Miolo macio: esse é um dos aspectos mais importantes, já que é nele que o aroma se concentra. O cliente busca um miolo levemente úmido, com o mínimo possível de acidez no aroma.
Sobre o trigo do Cerrado
A cultivar de trigo BRS 404 foi desenvolvida para condições de baixa precipitação, aproveitando a umidade do solo e o restante das chuvas dos meses de março, abril e maio. A cultivar tem como principais características maior tolerância ao déficit hídrico, ao calor e ao alumínio no solo, além de maior produção de matéria seca (palhada) e excelente qualidade tecnológica de grãos. Apresenta ciclo precoce, variando de 105 a 118 dias, sendo que o período entre a semeadura e o espigamento é de 57 a 67 dias, dependendo do local e da altitude do cultivo. É moderadamente suscetível à brusone e à mancha amarela.
“Em algumas regiões com maior volume de chuvas, como o Sul de Minas Gerais, os produtores têm alcançado produtividades de até 75 sc/ha com a BRS 404. Já no Planalto Central, a produtividade pode chegar a 60 sc/ha, desde que as chuvas tenham boa distribuição no período de safrinha”, informa Júlio Albrecht.
Classificada pela indústria como trigo pão, a cultivar, mesmo em anos secos, tem entregado pesos hectolítricos (PH) de grãos acima de 80 kg/hl, sendo muito bem aceita pelos moinhos da região. A força de glúten (W), medida que representa o trabalho (energia) de deformação da massa e indica a força de panificação da farinha, varia de 250 a 400 x 10-4 J, sendo bem superior à exigência mínima dos moinhos (220 x 10-4 J). Também apresenta elevada estabilidade (tempo de batimento da massa acima de 15 minutos), o que favorece a panificação.
As principais características do trigo na panificação:
– Maior volume
– Crocância e coloração bem definidas
– Miolo macio e alveolado
Principais ganhos para o setor da panificação brasileira
– Independência de produto,
– Fomento da produção nacional,
– Qualidade superior do grão,
– Possibilidade de explorar novos produtos que, até hoje, eram restritos apenas a farinhas importadas.
Projeto
Difundir de forma clara e objetiva as vantagens que o fomento desse projeto pode trazer para a vida dos brasileiros e, juntamente com uma união maciça de todos os produtores e beneficiadores do grão, criar um selo de origem: ‘Trigo do Cerrado’.
Qualquer interesse estou à disposição!
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