8 Desperdícios em Processos

Olá pessoal, vamos falar sobre os oito desperdícios que a maioria dos processos possui.

Essa filosofia é originada do Lean manufacturing, traduzível como manufatura enxuta ou manufatura sem desperdício, também conhecida como TPS (Sistema Toyota de Produção) e foi desenvolvida por um executivo da empresa durante o período de reconstrução do Japão após a segunda guerra mundial.

Para podermos exemplificar com a nossa realidade vamos identificar os 8 desperdícios que podem existir em uma padaria, vamos descrever abaixo:

Superprodução

Produzir acima do que o necessário, ou seja, produzir mais pães do que a demanda, por falta de planejamento ou até mesmo por receio de faltar, nesse caso sugerimos o uso de um mapa de produção onde definimos quanto, quem, quando, onde e como devem ser feito os pães. Produzir em excesso pode gerar desperdícios.

Espera

Fazer com que a produção não esteja disponível para venda ou transporte, precisamos saber as demandas e horários em que seja necessário termos o produto pronto, a espera pode levar ao cliente desistir da compra.

Transporte

Meio no qual os pães são levados para as vitrinas, transferidos para outras padarias e até mesmo o transporte de colaboradores, esse item não agrega valor ao produto (transporte) mas é necessário, então tenha equipamentos próximos a produção, ou seja, carrinhos de inox, cestos, bags, etc., Analise na contratação dos colaboradores a região que residem, procure os que estejam mais próximos e defina escala de trabalho alinhado com a disponibilidade de transporte público.

Superprocessamento

Ter uma capacidade de processamento acima da necessária, ter fornos superdimensionados, produzir lotes em volume excessivos no tempo. Defina a necessidade de pães por hora e busque no mercado equipamentos compatíveis para a demanda.

Estoques

Estar superestocado de insumos, ou seja, capital de giro ($$$) parado. Defina qual o melhor giro do estoque, ou seja, de quanto em quanto tempo precisa ser reabastecido, 1 vez por semana, 2 vezes, para isso tenha uma ficha técnica do pão com as quantidades de cada item, multiplique pela quantidade de produção dia e considere 2 ou 3 dias de estoque de segurança.

Movimento

Deslocamento desnecessários dos colaboradores na produção ou venda dos pães, tenha todos os equipamentos próximos, tipo bancada próxima a batedeira industrial, uma prateleira com os insumos do dia ao lado da bancada, etc. Movimentos desnecessários geram desgastes do colaborador e improdutividade.

Defeitos

Pães mal feitos não são aceitos pelos clientes ou geram insatisfação, ter a receita correta e sendo respeitada pelo colaborador é fundamental, principalmente quando da rotatividade de funcionário, seu negócio precisa ter um padrão e isso deve ser garantido pela receita e ficha técnica.

Talento

Sem dúvida este desperdício é o maior desafio, ter um colaborador alinhado com a filosofia do seu negócio, comprometido e ter o “sentimento de dono” precisa ser trabalhado diariamente. Colaboradores insatisfeitos ou mal treinados geram insatisfação, improdutividade e colocam em risco a qualidade do produto. 

Seu negócio pode não ter os 8 itens relatados, mas com certeza tem um ou mais desperdícios, a melhoria é contínua, mesmo que entenda que esses 8 processos no seu negócio estão funcionando plenamente posso assegurar que sempre é possível melhorar.

Espero que tenha contribuído com essa rápida visão e sugiro lerem a respeito de 3 ferramentas que podem ajudar na gestão de todos esses processos. PDCA (Planejar, Executar, Checar e Agir)5S (Senso de utilização, Senso de organização, Senso de limpeza, Senso de saúde e Senso de autodisciplina) e DDS (Diálogo da Segurança).

Acessem o canal do Youtube foodservicesbrasil para acompanharem dicas e boas práticas.

Baguete com Cereais

Segue receita de uma baguete com cereais (grãos), como gergelim, linhaça, girassol e aveia.

Ingredientes

  • Farinha de trigo: 850g
  • Sal: 20g
  • Fermento Natural (Massa Madre): 300g
  • Água: 500g
  • Gergelim: 50g
  • Linhaça: 50g
  • Semente de girassol: 50g
  • Aveia 50g

Modo de Preparo

  • Tostar no forno os cereais (8 a 10min a 220C) e reservar.
  • Misture todos os ingredientes, exceto os cereais.
  • Amasse por 5min na velocidade lenta e de 4 a 6min na velocidade rápida, até ponto de véu.
  • Antes de finalizar, adicione os cereais e misture até massa homogeneizada.
  • Após retirar da masseira, tempo de descanso : 40min.
  • Corte a massa em pedaços de 350g cada.
  • Pré-modelagem da baguete.
  • Descanso: 20min.
  • Modelagem final e fermentação final no “couche” (tecido): 40min a 1h.
  • Transfira para a esteira de enfornar e corte.
  • Forno (Teto 250/ Lastro 230) por 20-22min.
Padeiro artesanal: uma profissão viva

Água, farinha e sal. É assim que os padeiros e padeiras têm definido o seu pão artesanal hoje. Vou além, incluindo dois elementos essenciais a esse pão, de longa fermentação, como o tempo e a temperatura. E é essa simplicidade de ingredientes que tem fascinado esses profissionais na busca do seu pão ideal.

Imaginando um cenário, na maioria dos dias, o padeiro, ao chegar no seu ambiente de trabalho, tem uma rotina: conferir o forno, analisar o fermento natural (que foi preparado no dia anterior ou que será preparado para as próximas massas) e cuidar do cronograma dos pães do dia. 

Ele caminha até a câmara fria e de lá trás algumas caixas, pesadas. Retira a tampa da primeira caixa, toca levemente procurando assimilar sensações de algo que está vivo. Enfarinha levemente sua bancada e libera a massa da caixa, que passou horas fermentando lentamente, 24 longas horas…

Ao tocar em um pedaço de massa, novamente, observa o estado em que ela se encontra, seus cheiros e densidade. Então, com a palma da mão e com cuidado, bate na massa para retirar o gás, mas não tudo, sem exagero. Cuidadosamente dobra ao meio, vira e dobra novamente antes de pressionar levemente as duas extremidades. A massa, que se transforma em pão modelado, é finalmente colocada em um tecido, um couche.

Massa viva

A massa de pão é uma entidade viva que deve ser tratada com respeito. Requer um conhecimento artesanal exercido com a maior atenção e domínio do que é adequado ou não para a massa. Padeiros(as) artesanais são meticulosos: medem constantemente a temperatura das massas para conferir a fermentação ideal, pesam os ingredientes corretamente e estão atentos às variáveis do clima, temperatura, umidade…

pão modelado

Especialistas em pão

Quem leva a sério a profissão torna-se um especialista cada vez mais exigente, atento aos detalhes que interferem na qualidade e no resultado dos produtos. Afinal, a luta constante do padeiro é entregar um pão que tem orgulho, é conquistar constantemente o sorriso (sem preço) do seu cliente, que sempre retorna para mais pão. O padeiro sabe que quanto mais tempo a massa fermentar, mais intenso será o aroma e mais digestível será o pão. Por isso trabalha duro, fiel a um raciocínio que, para muitos, é preciosismo, exagero, mas revela um produto inigualável. E hoje, o cliente já nota a diferença.

Defensor da saúde

Mas essa luta vai além de fazer bom pão, está na busca de fornecedores constantes e confiáveis, de matéria-prima adequada (e justa no preço, pois a oscilação afeta o valor de venda do pão), de equipamentos que cooperem e enalteçam a “obra do artesão”.

Mais que especialistas em pão, tornam-se defensores da saúde. Entendem como funcionam as proteínas do trigo, o glúten, os processos enzimáticos, tudo para explicar a qualidade do “alimento mais sagrado de todos”, o pão. E de como você (cliente) pode comê-lo, seus benefícios…

Colocando os pães no forno de lastro

O padeiro vive em busca

Tenho dito e repito: “somos os alquimistas modernos”, sem dúvida. O padeiro artesanal de hoje é fascinado pelos processos biológicos e químicos que ocorrem entre os ingredientes. Enquanto para a maioria das pessoas água e farinha são ingredientes sem vida, para o padeiro são atores de um processo de desenvolvimento fascinante. E a compreensão desse processo permite que se desenhe, modifique e melhore sempre com o objetivo de criar “o pão perfeito”.

Esse pão (“perfeito”) é um objetivo quase intangível, uma vez que o artesão, em constante busca, continua a estudar, a aprimorar técnicas, a testar novos métodos e a revisar seus experimentos. “O que acontece se eu alterar o tempo de mixagem?”, “dobras em intervalos curtos ou dobras em intervalos longos?”, as possibilidades são infinitas!

E nós continuamos, ah se continuamos. O pão não pode parar….

Um abraço!

#padeiroIKIGAI

O Pão e as Cores (“Pão Colorido”)

Por que será que as cores ou algo colorido chama tanto a atenção? O uso de tons dentro da panificação vem para convidar os clientes a provar algo único, diferente, no mínimo, divertido.

Em algumas situações, a “diversão” vem como estratégia para atrair o público infantil, fazer parte de eventos temáticos ou simplesmente entregar valor. E é com este último que mais me preocupo: que tipo de valor entregamos aos nossos clientes e consumidores, a quem, de fato, come o pão que fazemos?

Um dos motivos de se trabalhar com pães de longa fermentação (e o próprio fermento natural) é a qualidade do alimento produzido, a saúde possível e presente nesse tipo de produto. Mas, além disso, podemos fazer uso de outros ingredientes para aumentar certas qualidades, agregando ainda mais valor ao pão artesanal. E é aí que entram os pães feitos com ingredientes que, além de dar cor, também entregam valor nutricional.

Abaixo, segue uma breve uma lista de ideias para vocês se inspirarem. A maioria dos itens está atrelada nessa dualidade “cor-nutrição”, outros, como o próprio carvão ativado, apenas colorem mesmo. Mas, como é uma lista, não podia deixá-lo de fora, já que pode ser utilizado como parte de uma estratégia temática da sua loja ou produção!

Azul = jenipapo

Amarelo = açafrão/cúrcuma

Amarelo: abóbora cabotiá

Roxo = batata-doce roxa

Roxo = açaí

Roxo = vinho tinto

Vermelho = beterraba

Vermelho = páprica

Rosa = pitaya (como da foto em destaque!)

Verde = espinafre

Preto = tinta de lula ou carvão ativado

Dicas extras!

Vou explicar como utilizar alguns desses ingredientes e as proporções sugeridas.

Jenipapo

Use o fruto verde, não maduro. Com luvas (aliás, sempre utilizo luvas quando trabalho com ingredientes que “colorem”, alguns mancham mesmo, como o jenipapo, outros podem contaminar outras massas, pois nunca estamos fazendo uma coisa só!), retire as cascas e use polpa e sementes (que dão o tom mais forte).
1 fruta para cada 1L de leite
Bata no liquidificar com o leite. Coe e ferva. Reserve até que esfrie por completo e os tons de azuis fiquem bem nítidos.
Quanto usar nas receitas? Em torno de 10% (do leite preparado) para cada quilo de farinha de trigo.

Batata-doce Roxa

Para o pão de batata-doce, cozinhe as batatas, faça um purê e deixe esfriar. Costumo utilizar de 40 a 60% em receitas. E cuidado com a fermentação! Os açúcares da batata aceleram o processo!

Carvão vegetal ativo (ou ativado)

Procure um que seja “extra fino”. Existem duas principais formas de se utilizar: a) diluir na água da receita; b) misturar diretamente na farinha. Caso misture na água, utilize um fuet para dissolver bem e reserve no frio por 1h antes de usar na massa. 
Quanto usar? De 1 a 2%.
Cuidado na hora de assar! Como o pão já é escuro, fique de olho no tempo de assamento para não queimar!
Ao contrário dos demais elementos discutidos nesse artigo, o carvão vegetal não entrega nenhuma outra propriedade à massa, apenas cor.

Tinta de Lula

Diluir na água e reservar. Proporção: 2 a 3%. A tinta de lula é rica em ferro e antioxidantes, mas, em grande parte dos casos, contém sal. Portanto, isso deve ser levado em consideração no momento de computar o restante de sal da massa. Reduza o sal da sua receita para 1,5% ou até 1%.

Vinho tinto

Eu já fiz uma receita especial aqui para o pessoal da Ramalhos, um pão com farinha de uva e vinho do porto. Utilizei o vinho do porto por ser mais licoroso, pois o vinho, na massa, após assado, pode puxar para o amargo. Portanto, é preciso fazer essa compensação.

Cúrcuma ou Açafrão-da-terra

A cúrcuma tem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antibacterianas e digestivas, mas em exagero, pode deixar a massa do pão amarga. Recomendo de 2 a 3%, no máximo.

Páprica doce

Como no caso da cúrcuma, o exagero aqui pode ser desastroso também. 2% seria um número interessante para se trabalhar com a páprica (que pode ser a doce ou a picante, a depender da sua finalidade e público) para dar aquele tom vermelhão na massa!

Abóbora Kabocha (Cabotiá ou Abóbora Japonesa)

O processo é similar ao da batata-doce mas, alternativamente, pode-se assar a abóbora no forno até que fique macia ao ponto de amassar. Deixe sempre esfriar antes de incorporar na massa.
Quanto? Use 60%.

Espinafre

Existem receitas que diluem o espinafre no leite e na água. Eu prefiro a água e ainda gosto de acrescentar 2% de azeite de oliva extravirgem na massa no pão.
Use somente as folhas, não os talos, pois poderá ficar (muito) amargo!
O método utilizado aqui será de escalfar, que nada mais é que refogar o espinafre em alta quente por alguns minutos e, logo após, bloquear o cozimento colocando o espinafre num bowl com água gelada (e gelo).
Em seguida, coloque num processador com um pouco da água da receita e dilua bem. Está pronto para ser utilizado na receita!
Proporção: 10 a 20%. 

Inúmeras são opções e soluções criativas que podemos utilizar dentro da panificação para agradar os clientes. Como disse, meu principal foco não é apenas a parte estética (se vai ficar bonito), mas se o produto em si terá um apelo nutricional ainda mais forte, que facilitará, sem dúvida, sua comercialização!

Ah, e não esqueça das nozes! O tanino das nozes e algumas oleaginosas tinge a massa do pão por dentro e fica fantástico! Quando mais tempo em contato com a massa, melhor fica.

Gostou? Compartilhe suas sugestões e criatividade marcando @massamadreblog e @coupdelame no Instagram!

Pão Integral com Castanhas de Baru e Pimenta Rosa

Com sabor menos intenso que o amendoim, amadeirado, a castanha de baru carrega uma série de benefícios, de ômega 6 e 9 (que previnem doenças cardiovasculares) ao zinco (muito zinco!). E, para potencializar esses mesmos benefícios, a adição da pimenta rosa vem para realçar sabor e aromas!

A pimenta rosa é o fruto da aroeira-mansa, muito rica em vitaminas (A, B1, B2, B3, ferro, cálcio) e por ser levemente adocicada e muito aromática, realça o sabor da própria farinha integral e da castanha de baru! É sensacional!

Segue receita abaixo: rendimento 2 pães de 550g aprox.

Quais farinhas utilizei nesta receita? Dois fornecedores, duas farinhas: farinha branca T65 da Bagatelle e farinha integral mora da Le 5 Stagioni. Faça suas adaptações de acordo com a matéria-prima que você tem disponível!

Ingredientes

  • Total de Farinhas (100%) = 500g
  • Farinha de Trigo (Branca) 150g (30%)
  • Farinha de Trigo (Integral) 350g (70%)
  • Água 350g (+ 50g) (80% de hidratação total)
  • Fermento Natural Líquido 125g (25%)
  • Sal 10g (2%)
  • Pimenta Rosa 1g (0,25%)
  • Mel 25g (5%)
  • Castanhas de Baru 100g (20%)

Modo de Preparo

  • Faça autólise de 1h com as farinhas e a primeira parte da água.
  • Adicione o fermento natural e misture por 1 ou 2min.
  • Em seguinte, acrescente o sal, a pimenta rosa e o mel.
  • O tempo de batimento na masseira será em torno de 6 a 8 min em velocidade 1.
  • Em velocidade 2, vá acrescentando aos poucos a segunda parte da água até total incorporação.
  • Com a massa lisa e homogênea, retorne a masseira para vel 1.
  • Acrescente as castanhas e misture por no máximo 1min.
  • Tempo de fermentação inicial em temperatura ambiente com a massa entre 24,5 e 26,5C: 2h30 a 3hs.
  • Coloque no frio (4 a 6C) por mínino de 12hs (este pão ficou por 30hs no frio)
  • Retire do frio, divida a massa em partes de 550g.
  • Pré-modele de deixe descansar de 30 a 40min.
  • Modelagem final.
  • Fermentação final: em torno de 40min a 1h.
  • Corte e forno.
  • Temperaturas sugeridas em forno de lastro da Ramalhos: Teto 245C, Lastro 220C. 3’’ de vapor.
  • Tempo de assamento 30-35min. Eu gosto dele bem caramelizado para realçar os sabores dos ingredientes escolhidos e da própria farinha integral.
Brownie Fudge De Castanha De Baru

Hoje vamos falar um pouco sobre essa “iguaria” americana e que se tornou tão popular aqui no Brasil.

O brownie é americano e isso todos sabem. E existem inúmeras teorias de como ele foi criado.

Existem indícios de que ele veio lá do século 20, outros de que ele foi criado em um restaurante e algumas teorias de que ele foi um feliz acidente, como ocorre na maioria das vezes na culinária.

O que importa mesmo é como fazer o brownie perfeito! Bem marrom, levemente cremoso, casquinha crocante e cheio de sabor!!

E eu vou ensinar tudo que você precisa saber para ter esses resultados. É bem simples. Vamos lá?

Importante

A primeira coisa que você precisa é de um bom chocolate (cobertura/fracionado não são chocolates) e uma boa manteiga (sem sal). Não é possível um brownie saboroso sem bons ingredientes. Esses dois ingredientes compõem 42% sob o total da receita, então se errar neles já sabe.

No brownie fudge não se usa fermento, o agente de aereação é mecânico através da mistura de gemas e claras obtendo um overrunmuito baixo após o fim do assamento. Algo característico desse tipo de brownie e diferente do brownie cake, que é uma variação do brownie fudge.

Outro ponto é o balanceamento. Eu fiz essa receita e testei com chocolates de 50% a 70%. É possível fazer com chocolates com teor mais baixo de cacau, entretanto você perderá no sabor uma vez que o teor de gordura incluso na receita pode sobrepor as notas de cacau. Eu indico com chocolates de 70% em média.

Notas Extras

Você pode substituir a castanha por qualquer outra oleaginosa, mas se puder use as castanhas de baru, irá se surpreender.

Forma utilizada para essa receita foi de 25cm x 20 cm.

O shelf life da receita como sempre varia muito diante de suas BPF adotadas, matéria primas, armazenamento, fatores externos como o ambiente e internos como por ex. a adição de aditivos.

Nesse tipo de brownie o ideal é armazenar em um recipiente fechado em geladeira e retirar para servir alguns minutos antes para ele voltar a cremosidade desejada. O tempo de validade nessas condições pode ser de até 7 dias.

Você pode também aquecê-lo rapidamente em micro-ondas e comer com sorvete!!

*Na foto acompanhei com uma calda de doce de leite salgado! Fica perfeito!

Espero que gostem!

Ingredientes

  • 140g de açúcar mascavo
  • 100g de açúcar refinado
  • 250g de chocolate meio amargo/amargo (50% a 70%)
  • 80g de farinha peneirada
  • 230g de manteiga sem sal cortadas em cubos
  • 100g de castanha de baru descascada e picada grosseiramente
  • 220g de ovos

Modo de Preparo

  • Pré-aqueça o forno a 160ºC
  • Misture os açúcares bem, reserve.
  • Derreta o chocolate com a manteiga em banho maria/micro-ondas até ficar homogêneo (verifique a temperatura correta para derretimento na embalagem do fabricante). Reserve.
  • Na batedeira, com o batedor tipo globo, bata os ovos em velocidade média até ficar mais espesso e obter volume. Após obter esse resultado, aumente a velocidade e em 5 etapas aproximadamente vá adicionando a mistura de açúcar.
  • Abaixe a velocidade e adicione em fio a ganache de chocolate com manteiga.
  • Após misturar por completo, desligue a batedeira, retire o recipiente e faça o envelopamento com a farinha já peneirada evitando perder volume. Mexa apenas para incorporar a mistura (Nesse momento você pode adicionar as castanhas ou pode adicioná-las após por a massa em uma assadeira).
  • Coloque a massa em uma assadeira de silicone ou com papel manteiga.
  • Asse até formar uma casquinha fina e quebradiça (tempo sugestivo: 1h!)
  • Dica: Para um brownie cremoso retire do forno quando o centro ainda estiver um pouco mole, mas não líquido.
  • Para brownie mais firme e crocante, retire do forno quando o centro estiver levemente firme (cuidado para não secar demais ou queimar as bordas).
  • Sempre desenformar e cortar após esfriar por completo. Eu prefiro congelar antes de cortar (por volta de 1:30 hr).

Quando fizerem, marquem no instagram @massamadreblog e o meu @chef_renan_zacchi.

A lavagem 4.0

A desinfecção e a lavagem, sempre foram temas muito importantes na industrial alimentar, mas hoje com a pandemia do COVID-19, a sua importância cresceu muito.

Se tomarmos como exemplo as indústrias de padaria e pastelaria/confeitaria essa importância sempre foi grande, uma vez que são indústrias onde a presença de leveduras de fermentação, por um lado e açúcar, por outro, este último sendo o alimento preferido das leveduras, são uma constante; ou aliás, uma matéria-prima.

O que acontece em padarias e confeitarias

Se o contato das leveduras com o açúcar não for devidamente controlado, por forma a ocorrer sempre e apenas quando necessitamos da fermentação dos bens alimentares, então vamos ter focos de contaminação por toda a nossa fábrica/empresa.

Esses focos de contaminação serão autênticos ninhos de bactérias perigosas para a vida humana e para o gosto/paladar e longevidade dos alimentos que produzimos e comercializamos.

As normas HACCP preveem procedimentos, fluxos e regras que tendem a evitar riscos de segurança alimentar; entre eles, os tipos de contaminação referidos. 

Um desses procedimentos é, obviamente, a lavagem de todos utensílios e recipientes utilizados nessas indústrias; das formas aos baldes das batedeiras, até a caixas e aos tabuleiros e carrinhos que vão ao forno.

Estes últimos têm um problema acrescido não ligado à contaminação bacteriológica, mas ao aspecto, paladar do produto e saúde pública.

Os referidos carros e tabuleiros, enquanto estão no forno são sujeitos a elevadíssimas temperaturas, o que na verdade, mata qualquer bactéria, mas também carboniza todos os resíduos de farinha e massa que estão soltos dos produtos que levam a cozer. 

Se esta carbonização não for removida regularmente, como se de um processo de lavagem se tratasse, esta pode transferir-se para o produto. Quer por precipitação, quer por fricção ou mesmo por integração, no caso da base onde depositamos, por exemplo, um pão para ir ao forno, estar completamente carbonizada.

Estes factos têm influência no paladar/gosto e se for em doses excessivas ou repetidas contribui para a potenciação do cancro.

Por outro lado, a massificação do delivery, cria também novos desafios na higienização das caixas de transporte, pois além da higienização habitual, temos que quebrar cadeias de contaminação, aqui, além do ato de higienizar, temos de ter em conta o fluxo com que é feito.

Como vencer o desafio

É um desafio constante integrar todas estas preocupações nos sistemas produtivos existentes, a melhor forma de vencer esse desafio, é pensar sempre no processo como um todo, ou seja, integrar a higienização no meu processo produtivo, elevando assim os padrões e o valor acrescentado no produto final.

Nos tempos que vivemos a higiene e desinfeção contribui, em primeira instância para a redução dos riscos de contaminação entre trabalhadores e de seguida para os nossos clientes.

Os 3 elementos

Em resumo a qualidade e contribuição para a saúde pública dos nossos produtos e a segurança e saúde dos nossos colaboradores e clientes; são 3 elementos essenciais para a sustentabilidade e sucesso do nosso negócio e, dependem da desinfeção, da higiene e da segurança alimentar.

Garantir eficiência, sustentabilidade e segurança através da lavagem, higiene e desinfeção, é hoje, mais que um desafio, é uma tendência a seguir. Prepare-se para um novo estágio da lavagem, o 4.0.

Gostou do assunto?

Assine nosso WEBINAR sobre as tendências relativas à lavagem e desinfecção aplicadas à industria alimentar, catering e food service? Clique aqui!

Margarina, Óleo, Manteiga ou Azeite de Oliva!

Margarina, Óleo, Manteiga ou Azeite de Oliva!

Qual deles posso utilizar na massa do bolo?

Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas…eu vou te contar. Pode usar todas!! 

Quando eu fizer um bolo, qual das gorduras posso utilizar na receita?

Você pode fazer um bolo com margarina? Sim, pode.

Você pode fazer um bolo com óleo? Sim, pode.

Você pode fazer um bolo com manteiga? Sim, pode.

Você pode fazer um bolo com azeite de oliva? Sim, pode.

Então vamos lá!

Existe uma infinidade de óleos e gorduras que podem ser usados na elaboração de um bolo. Teoricamente qualquer óleo de origem vegetal ou animal pode ser usado, pois todos possuem ácidos graxos na sua constituição.

A maior parte das receitas levam óleo ou margarina na massa, isso significa que a gordura em muitos casos é indispensável para a estrutura da massa e também é ideal para quem pretende guardar o bolo na geladeira.

A gordura tem a capacidade de reter o ar durante a mistura, dar maciez e sabor e melhorar a textura.

Mas, hoje vamos falar especificamente da possibilidade de utilizar azeite de oliva em substituição as outras gorduras que podem ser colocadas na massa de um bolo.

Azeite de oliva virgem

Este é o óleo que tem a maior quantidade de gordura monoinsaturada e a menor de gordura saturada em relação aos demais, o que faz dele uma excelente alternativa para prevenir doenças cardiovasculares e aumentar os níveis de colesterol bom (HDL).

Você sabia?

O Azeite pode suportar temperaturas mais altas com um ponto de fumaça, entre 180ºC e 215ºC, o azeite de oliva virgem é a opção mais saudável para cozinhar, refogar e regar alimentos que serão levados ao forno. 

Como eu sou fã do Azeite de Oliva e utilizo em tudo no meu dia a dia, vou dizer que: “o uso do azeite de oliva  na massa do bolo é sobre a massa ficar livre de colesterol e, consequentemente, ficar mais saudável, por ser o óleo de origem vegetal e não animal, uma gordura monoinsaturada, que permite uma vida mais leve e saborosa”.

O azeite de oliva é um óleo integral e muito rico em sua composição. 

O azeite de oliva é composto por 76% de gorduras / ácidos graxos monossaturados, 14% de gorduras / ácidos graxos saturados e 10% de gorduras / ácidos graxos saturados poliinsaturados e ainda, antioxidantes — como vitamina E e polifenóis. 

Além disso, ele é composto de antioxidantes que ajudam a conservar e proteger o azeite quando ele é aquecido.

Quer uma receita com Azeite de Oliva?

Veja abaixo como fazer um delicioso Bolo de Gengibre e Mel!

Bom apetite!

[Receita elaborada por – Maria Luiza Ctenas]

Ingredientes

  • 03 colheres de (sopa) de Azeite de Oliva
  • 2 ovos
  • ¾ de xícara (chá) de açúcar
  • 02 cenouras grandes raladas
  • 10 colheres de (sopa) de farinha de trigo
  • 01 colher de (sopa) de fermento em pó
  • 02 colheres de (sopa) de gengibre ralado
  • 01 pitada de cravo em em pó
  • 01 pitada de canela em pó
  • 01 pitada de sal
  • Mel a gosto para decorar

Modo de Preparo

  • Massa: misture numa tigela refratária o azeite de oliva, separe as gemas das claras e metade do açúcar. Cozinhe esse creme em banho-maria, até formar um creme espesso. Retire e bata firme até esfriar .
  • Misture as cenouras, a farinha de trigo e o fermento, peneirados. No final, acrescente o gengibre ralado, a canela e o sal. Reserve.
  • À parte, bata as claras em neve na batedeira juntamente com açúcar até formar um suspiro.
  • Incorpore essa mistura delicadamente à massa, em seguida, despeje numa forma untada enfarinhada.
  • Leve para assar em forno médio, pré-aquecido a 180C, por 30 minutos ou até “que o palito saia limpo”.
  • Regue com mel “a gusto”.
Programa 5S

Olá pessoal! 

Hoje vamos falar de um assunto que não envolve receita. Mas que pode lhe auxiliar desde o seu Mise in place, até a gestão de qualidade em sua equipe ou empresa. 

Hoje vamos falar sobre o método (ou programa) 5S.

Esse método foi desenvolvido no Japão pelo mesmo criador do diagrama de Ishikawa (outra ferramenta da qualidade) e então reconhecido como o guru da qualidade Dr. Kaoru Ishikawa.

Assim como também outras ferramentas, o 5S foi responsável pela reconstrução do Japão após o período pós-guerra.

Ele é utilizado atualmente por empresas como Coca-Cola, Ford, Petrobras dentre muitas outras.

Acredite, você irá notar de forma muito nítida um local que aplica essa ferramenta.

Mas afinal o que é 5S?

5S é um método muito simples e básico, porém transformador. 

Fácil de aplicar e difícil de manter, sendo nada mais do que cinco palavras que tem como foco principal a redução de desperdício e que se aplicado corretamente e de forma contínua gera resultados como a maximização da eficiência na operação e fluxo de produção, engajamento da equipe, redução de falhas e consequentemente melhora no lucro da empresa. Um dos benefícios lá na ponta da cadeia é um produto com mais qualidade perceptível para o cliente.

O programa 5S é composto pela seguinte sequência de aplicação:

SEIRI: Senso de Utilização – Em um processo, local ou setor, analisar o que é útil e separar apenas o que irá ser usado desde objetos, utensílios, materiais, ferramentas ou ingredientes. 

“Obter o necessário, na quantidade necessária.”

SEITON: Senso de Organização – Somente será organizado no local aquilo que já foi separado para ser utilizado. A ideia aqui é obter acesso rápido ao que é útil e de forma segura.

“Um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar.”

SEISO: Senso de limpeza – Ambientes ou objetos limpos e em condições adequadas de uso facilitam a detecção de desvios, anomalias ou quebras e estas por sua vez devem ser tratados para a condição ideal de trabalho. A ideia da palavra limpeza aqui é ampla e envolve higiene e segurança, assim como bem-estar das pessoas.

“Não basta estar limpo, tem que parecer limpo.”

SEIKETSU: Senso de padronização e segurança – Agora que só está no local aquilo que se utiliza, cada coisa em seu lugar e limpa e pronta para uso. Elaboram-se padrões para a organização, higiene e saúde, definindo, identificando e ilustrando sem deixar com que as pessoas envolvidas tenham de adivinhar como se faz algo. Tudo deve estar muito bem explicado e escrito, pois é nesse ponto do programa que ocorre a maior parte dos erros ou abandono do método.

“Fale, escreva e mostre – repita mais uma vez.”

SHITSUKE: Senso de autodisciplina – É fundamental que as pessoas estejam engajadas com todos os S anteriores e evitem acúmulos desnecessários, fluxos confusos ou desorganização seguindo de forma religiosa todos os fundamentos do programa 5S. Com isso haverá a redução de tempo nas operações com a procura de itens, aumento da área de produção diante da organização e clima organizacional mais leve e eficiente.

“Aprender o correto da forma correta.”

O programa 5S, se vinculado ao método Kaizen (filosofia de melhoria contínua Japonesa), pode ser adicionado mais um S, o SHUKAN. Que nada mais é do que ter o hábito de revisar todos os processos, adequar e atingir a melhoria constante. 

“Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje.”

Repare como o programa 5S é altamente aplicável e recomendado para a área de alimentos. Seja em toda a organização visando um modelo holístico ou em determinados departamentos de forma pontual.

É importante frisar que o programa 5S não é a mesma coisa que realizar um “mutirão” de limpeza e organização a cada três meses.

Ele deve ser visto como uma filosofia aplicada a cada tarefa simples como a trivial realização do M.E.P. indo até a atividades mais complexas como a implementação em todo um setor de produção ou em toda a empresa, desde a gerência até a produção, entrega e atendimento. Exigindo em alguns locais completa mudança de comportamento e filosofia empresarial.

Porém, não se desespere, tenha certeza de que “toda a simplicidade é a complexidade resolvida” (Constantin Brancusi). Vá por partes, comece pequeno e de forma gradativa, mas firme e focado. Aplique o programa em situações simples e que possam dar margem para erro, vá adaptando e resolvendo de forma que em longo prazo e pouco a pouco toda a sua organização já esteja consciente dessa nova filosofia de qualidade e redução de desperdícios. 

Bom… Essa foi uma explanação muito breve sobre umas das ferramentas da qualidade que tem o poder de transcender as barreiras do negócio e “contaminar” positivamente nosso estilo de vida. 

Deixo aqui para vocês uma frase que eu gosto muito e que te leva a uma reflexão global de nossos negócios.

“Toda corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco”.

Grande abraço e até a próxima!

Métodos de pré-fermentações

As pré-fermentações são formas amplamente usadas na panificação. Elas fornecem meios mais simples e baratos de você dar aquele toque especial no seu pão, assim como conferir aromas e texturas mais complexos. Os métodos de pré-fermentação são denominados métodos indiretos, eles consistem em duas ou mais fermentações nas suas etapas de produção. 

Criado com a finalidade de dar consistências diferenciadas as massas, hoje as pré-fermentações são fortes aliadas nas padarias em parâmetro mundial. Elas tornam os trabalhos de produção mais longos e trabalhosos, mas proporcionam resultados melhores aos pães convencionais com pães de qualidade e texturas superiores.

Segundo o grande mestre Michel Suas, em sua bibliografia panificação e viennoisserie, o pré-fermento é uma massa criada a partir de farinha, água e fermento (natural ou industrial), e em alguns casos pode conter sal. Feito com antecedência deixando fermentar por um período controlado de tempo e temperatura, adicionando à massa final.

Ao misturar os ingredientes, moléculas de água trabalham com os amidos e se movem entre longas moléculas de proteína, essas moléculas dependem da água para se dissolver e ajudar a misturar a massa. Isso tudo acontece quando iniciamos uma pré-fermentação. Logo em seguida, inicia-se a fermentação, as reações químicas começam, em uma fermentação mais longa você proporcionará sabores diferenciados a sua massa, isso ocorre porque o sabor vem de álcoois, ácidos e outras fermentações. 

Outro fator importante de se destacar na pré-fermentação é a resistência da massa, o resultado de ligações químicas entre a água e a farinha (proteína), isto é, glúten. Forma-se quando a farinha é misturada com água e depois reorganizada durante o amassamento. Quando um pré-fermento é misturado, as moléculas de proteína são hidratadas e as ligações começam a se formar. Quanto maior o tempo, melhor a hidratação da proteína, por isso os longos períodos de descanso de algumas pré-fermentações que ficam hidratando da noite para o dia, antes que amassar. Nesse período longo de descanso, as proteases são ativadas.

São as enzimas presentes na farinha que quebram a cadeia proteica, elas são capazes de se mover quando a água é adicionada à farinha e começam a trabalhar, mastigando a proteína, preparando-a para o amassamento. O período longo de descanso da massa desenvolve a acidez na massa. Uma massa mais ácida requer menos mistura. Quando usamos um pré-fermento, permitimos que as reações produtoras de ácido comecem antes de amassar a massa. Quando é hora de amassar, a massa é mais ácida e mais fácil de misturar. 

Uma possível explicação para isso é que as proteases funcionam melhor em pH ácido e, portanto, uma massa mais ácida está simplesmente aumentando a atividade da protease. Quando trabalhamos com pré-fermentação em períodos mais longos, menos fermento é necessário. Em pães feitos com fermento, o uso de um poolish permite que o padeiro use menos fermento, o que melhora o sabor do pão. Um pouquinho de fermento, dado uma noite inteira, pode processar uma grande quantidade de farinha. Sem um poolish, esta farinha deve ser adicionada durante a etapa de mistura, e o padeiro precisaria adicionar mais fermento para produzir em tempo hábil. 

As pré-fermentações são variadas, cada uma delas confere uma característica específica para o pão. Elas são divididas em duas categorias, firmes e úmidas. Abaixo vamos especificar cada uma delas.

– Fermentações firmes: pâte fermentée e Biga

– Fermentações Úmidas: Poolish e esponjas.

Pâte Fermentée

Nome em francês que significa massa fermentada ou massa antiga. Podemos prepará-la apenas guardando um pedaço de massa após sua fermentação primária e usá-la em uma nova massa.

A massa deve ser fermentada por no mínimo 3 horas e não deve exceder mais que 6 horas em TA (temperatura ambiente).

Para períodos mais longos é aconselhável deixar a massa fermentar por umas 2 horas em TA e manter no refrigerador. A pâte fermentée pode ser mantida até 48 horas em temperaturas de 2°C à 7°C. É muito importante para incorporar a patê a uma nova massa deixar em TA umas 2 horas para ativar novamente a fermentação.

Pode-se utilizar uma massa antecessora. Na França o costume é reservar a massa da baguette por conter apenas (farinha, água, sal e fermento).

Seu uso proporção pode variar de 10% a 180% correspondente a farinha da receita, mas a média fica entre 40% a 50%.

Confere força, e sabor ácido a massa, proporcionando uma vida maior ao pão e uma casca crocante.

Biga

Uma pré-fermentação firme e tradicionalmente italiana, a biga diferentemente de guardar um pedaço de massa, é preparada intencionalmente para ser usada como uma ferramenta de pré-fermentação. 

Antigamente era empregada para dar força as massas nas farinhas mais fracas, sua hidratação é baixa, ficando em torno de 50 a 55%

Sua principal função é conferir ao pão sabor e durabilidade. Muito utilizada em pizzas a biga pode variar em seu preparo uma proporção de fermento variável de 0,8% à 1% de fermento fresco.

Em seu preparo deve ser mantida a uma temperatura constante torno de 16°C por cerca de 18 horas.

A biga é utilizada principalmente em massas mais pesadas. Ex: com frutas secas, coberturas de açúcar dentre outros. Um outro ponto positivo dela é sua aceitação me pães de alta hidratação. Proporcionando um maior controle da extensibilidade por conta da quantidade de fermento e o tempo longo de fermentação.

Proporcionando níveis altos de acidez e um shelf-life maior para seu pão.

Poolish

O poolish é um dos primeiros pré-fermentos, da história criado por poloneses no fim do século XIX. E mais tarde levado a França por padeiros Vienenses.

Sua principal função é dar características mais macias e menos ácidas que o Sourdough.

Pode ser utilizado em pães doces e salgados, em seu desenvolvimento formamos uma massa úmida preparada com partes iguais em peso de trigo e água, sem sal e com pouca quantidade de fermento sua proporção, podendo variar de 20% à 80% da proporção da massa. Sua fermentação pode ser em TA ou refrigerada e sua composição varia conforme a fermentação a quantidade de fermento.

Exemplos:

  • 3 horas de fermentação em TA (26°C) usamos cerca de 1,5% de fermento.
  • 8 horas de fermentação a 16°C usamos cerca de 0,7% de fermento.
  • 18 horas de fermentação a 7°C usamos cerca de 0,2% de fermento

O poolish deve atingir sua altura máxima. Estar repleto de gás e coberto de bolhas; se colidido, pode entrar em colapso. Deve cheirar frutado.

Esponja

Muito similar ao poolish porém com uma hidratação em torno de 60% à 100%.

A quantidade de fermento é colocada uma vez nesta pré-fermentação e reduz o tempo de preparação das massas. O sabor por sua vez não é tão ácido quanto explorado quanto nas fermentações mais lentas. Geralmente, uma hora após a esponja ser preparada o batimento final pode-se ser realizado.

Sua utilização é recomendada para pães doces, com proporções elevadas de açúcar e gorduras, maiores ou igual a 15% de açúcar ou maior ou igual a 20% de gordura.

A massa doce é a que mais se beneficia com o uso da esponja pois ela melhora a consistência da massa, o que é enfraquecido pela quantidade excessiva de açúcar e de gordura dos pães doces.

A esponja deve atingir sua altura máxima. Estar repleto de gás e coberto de bolhas; se colidido, pode entrar em colapso. Deve cheirar frutado. 

Vantagens e desvantagens do pré-fermento

Os padeiros devem entender quais as principais vantagens de cada método e decidir qual pré-fermento vai funcionar melhor com uma farinha específica ou determinada massa.

Mesmo obtendo algumas desvantagens, na sua produção os pré-fermentos são úteis, especialmente quando o aumento da qualidade do produto final é levado em consideração. Veja a seguir algumas vantagens e desvantagens.

Vantagens

A principal vantagem do pré-fermento é trazer todos os benefícios da fermentação para a massa final, álcool e acidez.

Produção de álcool: durante a pré-fermentação, o álcool reage com outras substâncias para gerar ésteres, que proporcionam componentes aromáticos no pão, estes são muito importantes para conferir um sabor diferenciado no seu produto final.

Produção de ácido: a acidez desempenha um papel fundamental, isso se dá por três efeitos na massa e no produto final.

Primeiro, firmar as proteínas para fortalecer a massa. Segundo, diminuir o PH, desencadeando um aumento na durabilidade do pão ao retardar o processo de deterioração e inibindo o crescimento de mofo.  E terceiro, com resultados da fermentação secundária são formados ácidos orgânicos, produzindo aromas na massa. Estes aromas são muito importantes para o sabor do produto final.

Desvantagens

1o desvantagem: para preparar o pré-fermento é necessária uma mistura adicional, portanto será preciso uma organização para pesar os ingredientes na véspera ou ao menos três horas antes de misturar a massa final.

2o desvantagem: mais espaço de armazenamento e obter câmaras ideais para controlar as temperaturas das pré-fermentações.

3o desvantagem: dificuldade em programar a quantidade de pré-fermento necessária para atender a produção. Você precisará para isso fazer uma programação de pedidos com o mínimo um dia de antecedência.

Mesmo obtendo algumas desvantagens, as pré-fermentações são uma ótima escolha na hora de desenvolver um novo produto, ou dar características específicas para seu pão. Podendo diferenciá-lo dos demais pães convencionais encontrados no mercado.

Pão de Forma de Semolina

Segue receita abaixo (rende 2 unidades de cerca de 500g):

Ingredientes

  • Farinha de trigo nacional para pães: 411g (70%)
  • Semolina fina: 176g (30%)
  • Fermento biológico seco: 7g (1,2%)
  • Açúcar refinado: 30g (5%)
  • Leite em pó integral: 30g (5%)
  • Ovos: 58g (10%)
  • Sal refinado: 10g (1,8%)
  • Manteiga extra sem sal em temperatura ambiente: 30g (5%)
  • Água gelada: 300g (51%)

Modo de Preparo

  • Unte com um pouco de óleo ou spray 2 formas de pão de forma e3 10x9x21cm. Reserve.
  • Misture os secos, os ovos, manteiga e parte da água gelada. Bata a massa em velocidade baixa por 10 minutos até que todos os ingredientes estejam bem incorporados.
  • Aumente a velocidade e bata por mais 10 minutos ou até que atinja o ponto de véu liso. Dê ponto com o restante da água. Massa hidratada a cerca de 60%.
  • Divida a massa em 2 peças de 525g. Boleie e descanse-as por cerca de 20 minutos.
  • Modele os pães e transfira para assadeiras lisas untadas. Leve à fermentação por cerca de 90 a 120 minutos.
  • Asse em forno convencional pré-aquecido a cerca de 230C, por 18-20 minutos.
Como escolher um bom Azeite de Oliva

Como escolher um bom azeite de oliva?

Um “bom” azeite de oliva depende muito do paladar de cada um. Existem pessoas que preferem azeites mais suaves e doces, enquanto outras pessoas preferem os azeites mais intensos e acentuados. Porém, algumas características são primordiais para um azeite ter qualidade. 

O Azeite de Oliva Extra Virgem de qualidade é saboroso, aromático e fresco. 

A variedade de marcas é imensa e é fato que o produto AZEITE DE OLIVA é um óleo que mora no coração de uma grande parte das pessoas pelo mundo inteiro, principalmente pela diversidade em que se apresenta.

Portanto, comprar um Azeite de Oliva de qualidade torna-se uma tarefa um pouco trabalhosa, mas de extrema importância.

Abaixo fizemos uma lista com alguns dos principais fatores para escolha de um bom azeite:

  • Rótulo: Ler o rótulo é muito importante. Sempre veja a validade do produto, o Azeite de Oliva tem que ser consumido rapidamente. Azeite jovem é muito melhor. O rótulo deve estar limpo e não “melecado”, rasgado, e, principalmente, violado.
  • Data de validade: Antes de comprar, certifique-se que a data de validade do Azeite de Oliva esteja com até 12 meses. Azeite com mais de 01 (um) ano de validade já pode ter suas características de aroma e sabor modificados por conta da oxidação do produto. Item importante para que não haja desapontamentos. 
  • Acidez – cuidado! Acidez não é fator de qualidade.  Ao comer um azeite você não vai sentir a acidez no sabor nem no aroma, pois ela é imperceptível ao paladar. A acidez do azeite não está vinculada ao ácido como nos vinagres. O parâmetro da acidez de um azeite se refere a quantidade de ácidos graxos livres que estão presentes no óleo. Por exemplo, para azeites extra virgem, a acidez máxima é de 0,8%, enquanto para azeites virgens, o valor máximo é de 2%.
  •  Embalagem – a função da embalagem é a correta preservação das qualidades e características do produto, além de atrair o consumidor. No caso do Azeite de Oliva, a embalagem que melhor oferece proteção é a garrafa de vidro de cor escura, seguida pela lata. O vidro escuro tem vantagens sobre a lata, pois dificulta a passagem da luz.
  • Preço: Às vezes é preciso ponderar sobre o preço. Não existe um bom azeite de oliva com preço baixo, pois produzir azeite de oliva é caro. Outra ponto essencial é saber quando o assunto é custo, o preço do azeite de oliva de qualidade é sempre mais alto. 
  • Armazenamento – O azeite de oliva deve ser armazenado longe da luz e do calor.

Agora que você já tem uma noção sobre como comprar um bom Azeite de Oliva, vamos sugerir dois ou três azeites para propostas diferentes:

Azeites para usar na massa do pão – Quando for necessário utilizar azeite de oliva em uma massa que ainda será assada, você poderá utilizar azeites mais comuns, não precisa ser um gourmet, pois os compostos aromáticos do azeite de oliva irão se dissipar com o calor, ficando apenas um leve sabor.

Azeite para comer com pão – Azeites para comer com pão dependerão muito da massa do pão, do fermento, do sal e da própria farinha.

A intensidade de sabores do Azeite também interfere.  Pães diversos quando saboreados com azeite de oliva, terão o casamento de sabores. Para este fim, utilize azeites mais frutados e picantes.

Azeites para saladas – Para folhas claras, você deve utilizar azeites frutados suave até o frutado médio. 

Para folhas escuras, recomenda-se azeites de frutados médios até picantes.

O melhor guia sobre gestão de padaria!

Você sabia que uma boa gestão de padaria ou confeitaria pode mudar o rumo da empresa de modo positivo se o negócio for bem administrado, seja ele grande ou pequeno? Em vista disso, a empresa vai acumular características de seus empreendedores, seja no âmbito cultural ou organizacional, na hora de tomar decisões do cotidiano.

Assim sendo, é possível dizer que é por meio do perfil da gestão de uma empresa que se consegue compreender melhor quais são os passos que devem ser seguidos no dia a dia.

A seguir, você vai conhecer o melhor guia de gestão de padaria para nortear o passo a passo de uma administração forte e eficiente, a fim de ter uma padaria de sucesso. Acompanhe!

O que uma boa gestão tem a ver com o sucesso do negócio?

Não há dúvidas que no momento em que se tem uma boa gestão, os resultados costumam ser bastante eficientes em todas as etapas do negócio. Ainda é importante destacar que o papel do gestor é extremamente importante, uma vez que faz o acompanhamento de equipes e identifica as melhores adequações em todo o processo.

Logo, ao fazer com que o empreendedor identifique e defina modelos de organização que gerem mais resultado, é possível adequar o planejamento estratégico, gerando mais competitividade no setor. Desse modo, os riscos são minimizados, sendo que a parte financeira se manterá mais organizada. Afinal, todas as decisões são direcionadas para a redução de custos e otimização de processos.

Então, a aplicação tanto das técnicas quanto das habilidades de gestão de projetos é essencial para assegurar o sucesso. Para isso, é necessário ficar atento a três importantes grupos, que são:

  • habilidades técnicas de gerenciamento de projetos;
  • habilidades de liderança;
  • habilidades de gerenciamento estratégico e do negócio.

Ao aplicá-las no dia a dia, torna-se mais fácil alinhar a equipe e aumentar a chance de o projeto ser entregue no prazo estipulado. Além disso, o controle sobre retorno dos investimentos é administrado com mais qualidade, uma vez que se sabe quanto custa cada etapa do projeto e o que gera maior visibilidade de lucros para a padaria.

Também é possível antecipar problemas, considerando-se que os pontos mais críticos já foram diagnosticados. Assim, agiliza-se a tomada de decisões futuras, o que também favorece a comunicação entre equipe e clientes, uma vez que suas necessidades são atendidas de maneira mais rápida.

Nos dias atuais, a fim de se alcançar um alto patamar de organização — independentemente da estrutura ou do tamanho da padaria —, a gestão empresarial é muito importante, especialmente na busca por mais destaque frente à concorrência.

Finalidade da gestão empresarial

A gestão empresarial tem a finalidade de coordenar as políticas internas, assim como as ações e as estratégias da empresa, ao promover ganhos para os acionistas e colaboradores. Ademais, também promove a harmonia entre os diversos níveis hierárquicos e define os objetivos sociais da organização.

Entretanto, é necessário considerar todas as particularidades da instituição, a fim de atender seus objetivos e avaliar seu crescimento, sem ignorar as atividades externas intrínsecas ao negócio, como a participação dos investidores.

Portanto, para haver um bom planejamento do projeto é imprescindível entender as metas e analisar as práticas da gestão de modo que a área comercial torne-se mais transparente e direcionada para as questões administrativas e suas atividades em geral.

Quais as consequências de uma gestão ruim em padaria?

Todo o empreendedor sonha em colocar em prática uma grande ideia, não é mesmo? Mas, para que isso aconteça, é necessário contratar pessoas, adquirir mobiliário adequado e registrar marcas e patentes, entre outras tarefas. Tudo parece muito simples até saber que, para o negócio dar certo, também é preciso fazer toda a parte burocrática, pagar as contas, ter uma equipe treinada e capital para investir.

Muitas ideias, por melhores que sejam, acabam não dando certo por conta de diversos fatores. Uma a cada quatro empresas brasileiras fecham as portas até o seu segundo ano de vida, devido à má gestão de negócios — entre elas, as padarias. Em vista disso, é muito importante estar ciente que o trabalho precisa ser árduo para que seu negócio funcione bem. Por isso, acompanhe algumas dicas para não deixar seu negócio afundar logo de cara!

Importância do plano de negócios

A falta de planejamento pode, sim, comprometer uma gestão de qualidade. Ele não deve ser feito somente para abrir o negócio, mas também para dar continuidade a todo o processo. Mesmo que o estabelecimento já esteja aberto e funcionando normalmente, é muito importante criar um planejamento.

Se não houver o planejamento, isso pode levar você a tomar decisões erradas tanto nas questões referentes às finanças quanto na utilização do tempo. Portanto, a dica é elaborar um plano detalhado, o qual contenha seus objetivos, lista dos concorrentes e o dinheiro necessário para manter o negócio em operação.

Não misture as finanças

É preciso ter em mente que as finanças pessoais não são o mesmo que as finanças da empresa. A dica é não usar o caixa da empresa para adquirir itens pessoais. Então, utilize o dinheiro para fazer uma reserva, a fim de manter o caixa sempre no positivo, principalmente em caso de queda de vendas, crise econômica e outros imprevistos.

Outra dica é definir um salário para você, tal qual o de um funcionário. No entanto, você não deve calcular o salário conforme seus gastos pessoais, pois essa prática é bastante perigosa, podendo resultar em naufrágio do seu negócio. É bom lembrar que o que sobra da empresa é apenas da empresa!

Entenda seu mercado

O consumidor é diferente em cada canto do país. Por isso, não adianta pensar que por ter um conhecido que vende coco em alguma praia no Nordeste e ganha muito dinheiro com isso, você também vai lucrar ao comercializar o mesmo produto em São Paulo, por exemplo.

Sendo assim, é importante estudar seu público e seus concorrentes, assim como seus fornecedores. Esteja ciente que o comportamento de cada consumidor muda rapidamente, além de saber o que a concorrência está fazendo para atrair e fidelizar clientes.

Tenha uma equipe qualificada

Você sabia que uma equipe mal treinada pode arruinar a sua empresa? Afinal, pessoas não qualificadas para os cargos, desmotivadas e mal educadas fazem com que o negócio emperre ao longo do tempo, gerando a insatisfação dos clientes e, consequentemente, prejuízo para a padaria.

No momento de montar a equipe, a dica é procurar profissionais que gostem de pessoas, que tenham espírito de equipe e também saibam trabalhar ajudando uns aos outros. Então, confira se o indivíduo apresenta o perfil da sua empresa pois, caso contrário, terá que demiti-la.

Também aposte em treinamentos e condições adequadas para os funcionários, porque eles vão produzir com mais eficiência, uma vez que trabalham motivados e alinhados às novidades do mercado. Uma das consequências disso é o aumento de lucros para sua empresa.

Mas atenção! A dica mais importante é atuar sempre com responsabilidade. Administrar uma padaria, independentemente do porte, não é uma tarefa fácil. Você é responsável pelas pessoas que trabalham no local e, por isso, deve atuar com seriedade, valorizando sempre os funcionários e o público.

Do que se trata um plano de negócios e qual a sua importância?

Um ponto favorável ao empreendedor de panificação é o fato de que esse é um segmento em expansão, que tem grande destaque junto ao público. As padarias e confeitarias são empresas que estão presentes no dia a dia das pessoas, principalmente no cotidiano dos brasileiros.

O desafio é fazer com que elas, no meio de tantas opções, optem por comprar na sua padaria, fazendo com que voltem ao local no dia seguinte e assim por diante. Ou seja, é necessário atraí-las e torná-las fiéis ao seu negócio.

Logo, é importante perguntar-se o que é preciso fazer para que as pessoas frequentem sua padaria. O primeiro passo é definir muito bem uma estratégia de mercado. Saiba que os clientes buscam por comodidade e facilidades! Um comércio desse tipo, para ser eleito pelo cliente como primordial, precisa comprovar que é o melhor e que atende a todas as expectativas dos clientes no momento da compra.

Alguns fatores são essenciais para que o consumidor vá até sua padaria. Entre eles, podemos destacar:

  • proximidade da residência e/ou do trabalho;
  • boas condições de higiene e limpeza;
  • atendimento rápido e personalizado;
  • confiança e credibilidade perante os clientes;
  • qualidade dos produtos;
  • variedade e inovação de produtos;
  • disponibilidade de pão fresquinho toda hora;
  • ambiente agradável;
  • facilidade de pagamento e preço convidativo;
  • boa gestão de estoque.

Agora que já sabemos o que o consumidor deseja, ao montar o perfil do negócio outros dados também devem ser levados em conta. É fundamental, por exemplo, pesquisar sobre:

  • o lugar no qual a padaria será instalada;
  • o perfil do público-alvo;
  • o que os clientes desejam;
  • quais são os concorrentes;
  • como é o acesso e a estrutura do local.

Ao conhecer todos esses itens, vai ficar mais fácil saber como atrair e fidelizar o consumidor. Porém, vale lembrar que as respostas não estão prontas, mas soluções bem pensadas advêm da pesquisa junto a outras padarias — tanto as que fazem sucesso quanto as que não deram tão certo, a fim de saber o que não se deve copiado.

O que não se deve pensar é que os clientes frequentam uma padaria apenas porque ela é nova. Apesar de as novidades atraírem os consumidores em um primeiro momento, a qualidade é o fator determinante para o sucesso em longo prazo. Se você não provar para o público que pode surpreendê-lo positivamente, as pessoas não voltarão ao local — muitas vezes, nem saberão que sua empresa existe, afinal, dificilmente ouvirão outros clientes falando bem de seus serviços. Portanto, invista em um bom plano de negócios!

Que boas práticas de gestão podem ser adotadas em uma padaria?

Administrar uma padaria de sucesso é a meta de todo empreendedor que atua no segmento de panificação, concorda? Entretanto, alcançar o êxito não é uma tarefa simples, uma vez que existe muita concorrência.

Logo, é possível imaginar que, ao se diferenciar nesse setor, é necessário ser criativo e inovador para ter sucesso. Para isso, você vai precisar combinar doses de trabalho e dedicação, manter a qualidade dos pães, além de gerenciar perfeitamente seu negócio com destreza e seriedade.

Portanto, acompanhe as principais dicas de gestão de padaria que vão ajudar você a se tornar referência na arte da panificação.

Invista em embalagens criativas

Certamente, o primeiro contato do público com a sua marca é visual, o que torna necessário apostar em embalagens diferenciadas, que representem a empresa. Além disso, tanto o tamanho quanto o tipo da embalagem são responsáveis por boa parte das decisões de compra.

Levando isso tudo em conta, para administrar uma padaria adequadamente não basta apenas apostar em um produto de qualidade, mas também se preocupar em como ele vai ser entregue ao cliente. Então, pergunte-se se a embalagem é fácil de ser transportada, se ela mantém o produto acondicionado sem amassar, se a apresentação está bonita, atrativa e higiênica, entre outros fatores essenciais.

É fundamental, ainda, que a embalagem mantenha as características do produto, como a crocância dos pães. Lembre-se que uma aparência alinhada com a identidade visual da sua padaria também é importante, do mesmo modo que a conveniência — as embalagens que vão diretamente para o freezer ou micro-ondas costumam encantar os clientes!

Conheça o público-alvo

Outro tópico relevante para se tornar destaque no mercado de panificação é conhecer muito bem seu público-alvo. Assim sendo, saber quem são os clientes que mais consomem no local, além de seus gostos e necessidades, vai permitir que você realize adaptações necessárias para a empresa vender mais.

É possível fazer isso por meio de pesquisas junto aos clientes mais leais e, até mesmo, pela observação dos hábitos da sua clientela. Confira quais são os produtos com mais saída e aqueles que ficam muito tempo guardados no estoque. Além disso, identifique quais os hábitos de consumo do público e pense nos serviços que podem melhorar a vida deles de maneira mais prática e confortável.

Se a padaria estiver situada em um bairro com muitos idosos, por exemplo, imagine a possibilidade de implementar um serviço de entrega a domicílio, a fim de que essas pessoas não precisem se deslocar para adquirir seus produtos!

Diversifique produtos e serviços

Já faz algum tempo que o consumidor se dirigia até uma padaria somente para comprar o pão quentinho do dia a dia. Sem dúvidas, ter sempre uma fornada deles saindo continua sendo importante, mas, para ser destaque em um segmento cada vez mais competitivo, é fundamental oferecer mais opções para os consumidores.

Ao identificar quem é seu cliente de fato, busque diversificar a gama de produtos oferecidos com a finalidade de suprir as necessidades dele, assim como surpreendê-lo positivamente também.

Portanto, estar atento às mais novas tendências para padarias é um ponto crucial para potencializar o crescimento do seu negócio. Por exemplo, investir em alimentos orgânicos é uma prática cada vez mais presente na vida do consumidor moderno, sendo que apostar nesse nicho de mercado tornou-se algo extremamente lucrativo!

Então, por que não investir em uma linha de pães integrais e outros acompanhamentos mais saudáveis — ou, ainda, para quem têm restrições alimentares — como os produtos light e diet? Ao apostar nas tendências, você agrada seus clientes, assim como aumenta as chances de conquistar novos consumidores.

Opte por bons fornecedores

Independentemente das tendências do mercado de alimentos e da variedade de produtos, os clientes querem itens que prezem pela qualidade. Por isso, para ter uma padaria de sucesso, é necessário investir em uma boa gestão de fornecedores.

Do mesmo modo que acontece em empreendimentos de outras áreas, buscar preços competitivos é fundamental, sempre tendo cuidado para o valor do produto não interferir na hora de precificar o produto final.

Fique de olho ao que o mercado pede e observe o que os concorrentes estão vendendo, pois assim é possível ter a certeza de que você vai oferecer os melhores produtos e serviços.

Dê atenção à mão de obra

Como já dissemos acima, uma má equipe pode ser o ponto fraco de uma padaria, uma vez que, na maioria das vezes, a rotatividade da mão de obra é grande, o que pode comprometer o atendimento. Então, a fim de não ter problemas com essa questão, fique atento à contratação do seu time.

Aposte em funcionários que, realmente, estejam comprometidos e alinhados com a missão e os valores da empresa. Além disso, eles precisam demonstrar disposição para cumprir as regras do negócio. É importante destacar, ainda, que o treinamento é outro tópico relevante, pois para oferecer o melhor atendimento, é necessário conhecer bem os produtos que são comercializados diretamente.

Por exemplo, o funcionário vai poder recomendar para o cliente o pão mais adequado para suas necessidades, além de produtos complementares e até serviços que realmente atendam suas expectativas.

Seja diferente

Para obter o tão almejado sucesso, é necessário se destacar, não é mesmo? Portanto, não deixe de averiguar o que seus concorrentes estão fazendo, quais são os produtos mais vendidos, as promoções e descontos que oferecem etc. Ao saber o que os demais fazem, torna-se possível ter ideias inovadoras e criativas com o objetivo de encantar seus clientes.

Lembre-se que uma padaria de sucesso não é feita somente com amor. É preciso aliar todo esse sentimento com as melhores práticas de gestão.

Como essas práticas se tornarão vantajosas para o negócio?

O êxito do negócio e a sua permanência no mercado alimentício vão depender de uma boa gestão de padaria. Dessa maneira, sua eficiência tende a proporcionar maior controle financeiro, soluções de problemas e um bom gerenciamento de equipe.

A boa gestão também permite que o administrador conheça melhor a empresa, o que é essencial no momento de fazer investimentos, contratar profissionais hábeis e serviços adequados, assim como adquirir recursos e tomar decisões relevantes.

Levando isso tudo em consideração, realizar uma gestão empresarial de qualidade não é algo fácil, principalmente ao se tratar de administrar um negócio com atuação específica, como a área de panificação, que exige conhecimentos específicos e muita dedicação.

Apesar dos desafios, apostar em uma boa gestão ainda é a melhor maneira de garantir o sucesso da empresa. Confira a seguir as vantagens que ela vai proporcionar ao empreendimento!

Centralização da gerência

Ter a gestão do negócio centralizado em um determinado departamento é sempre a melhor saída para manter o controle da padaria. Por exemplo, centralizar a gerência permite que os gestores se ocupem apenas com a administração, e assim possam desenvolver habilidades que assegurem que esse controle esteja sempre nas mãos de profissionais extremamente preparados.

Além disso, centralizar a gestão de padaria promove maior conhecimento sobre o funcionamento geral do negócio, saúde financeira, funcionários e metas. Desse modo, o foco é voltado para as necessidades do mercado.

Definição de metas

É imprescindível que a padaria saiba quais são suas principais metas. Afinal, uma boa gestão viabiliza a definição de seus objetivos conforme as necessidades da empresa.

Ademais, com metas bem definidas é mais fácil fazer com que toda a equipe saiba o que deve ser feito para atingi-las, além de manter o foco no trabalho de maneira integrada para garantir excelentes resultados.

Redução de gastos

Conhecer profundamente as finanças da empresa somente é válido para saber reduzir gastos desnecessários, o que é atribuído geralmente ao bom gestor. A redução de gastos ajuda a balança econômica da empresa a se manter sempre equilibrada. Uma boa gestão pode cortar gastos e reduzir custos sem afetar a qualidade daquilo que é oferecido no dia a dia.

Aumento da produtividade

Com a gestão centralizada e o controle sobre a equipe e o financeiro da empresa, torna-se mais fácil compreender a dinâmica da produção. Logo, é possível estudar maneiras de alavancar a produtividade e melhorar o rendimento total do empreendimento.

Melhora no controle da gestão

Uma boa gestão é capaz de levar em conta todos os aspectos que envolvem a padaria, adequando-as às necessidades do setor. Atualmente, observa-se que muitas padarias amargam grande prejuízo por não conferir aspectos básicos, tal qual o controle financeiro e a contratação de mão de obra adequada.

Ao longo do artigo, você pôde aprender quais são as vantagens que uma boa gestão de padaria pode trazer para seu negócio. Então, comece a se planejar agora mesmo para ter uma empresa de sucesso capaz de gerar ótimos lucros daqui para a frente!

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4 mitos sobre fermento natural que você precisa parar de acreditar

Pães e massas com fermentação natural é uma das tendências do setor alimentício nos últimos anos. Eles ganham cada vez mais destaque em padarias e panificadoras. Porém, mesmo sendo um processo bastante antigo, ainda restam dúvidas sobre como ele deve ser utilizado e os benefícios que podem trazer para a saúde dos consumidores.

Você sabe, por exemplo, como armazenar o fermento natural ou quais são as receitas que podem ser feitas com a utilização dessa técnica? E os seus clientes, entendem quais os benefícios que ele pode trazer para a saúde? Afinal, fermento natural fez bem?

Entenda como funciona e quais são os mitos mais comuns sobre o fermento natural agora mesmo!

Afinal, o que é e como funciona o fermento natural

Quando você vai fazer um pão, por exemplo, precisa adicionar fermento, normalmente o fermento biológico, não é mesmo? Caso contrário, o pão não irá crescer e o resultado será desastroso.

Porém, existe uma outra forma de garantir bons resultados, utilizadas desde os primórdios da panificação: a fermentação natural. Ela utiliza os microrganismos presentes naturalmente no ar para criar um fermento a partir deles e, com isso, utilizar na fabricação de pães e massas.

Ele torna o processo de fermentação mais lento e, além disso, se diferencia de outros tipos de fermentos uma vez que dá características diferentes aos produtos, permitindo que você crie produtos diferenciados e inovadores na sua padaria.

4 mitos sobre o fermento natural

Mesmo sendo um processo antigo, a fermentação natural ainda desperta uma série de mitos na área da panificação e para os consumidores. Entenda agora quais são eles e qual a verdade sobre o assunto!

1. Fermento natural não faz bem

Muitas pessoas acreditam que o fermento natural não faz bem para a saúde. Porém, isso é um grande mito sobre o assunto.

Pelo contrário! O fermento natural possui uma digestão mais fácil quanto comparado aos outros métodos. Além disso, ela ainda permite que você adicione uma série de nutrientes, provenientes desse processo, nos pães fabricados na sua padaria, tornando-os mais nutritivos.

Porém, o maior benefício para a saúde está nos lactobacilos, um tipo de microrganismo presente apenas nesse tipo de fermento. Eles são extremamente importantes para a flora intestinal e, dessa forma, ao utilizar fermento natural na fabricação de pães, você permite que os seus clientes tenham acesso à probióticos com o consumo dos seus produtos.

2. O produto estraga mais rápido

Por não possuir conservantes, muitas pessoas acreditam que o produto que utiliza o processo de fermentação natural irá estragar mais rápido.

O que acontece, na verdade, é o contrário. Pães com fermento natural demoram mais para estragar, podendo ser consumidos por mais tempo. Isso porque um dos elementos gerados nesse tipo de fermentação é o ácido acético, um componente que inibe o bolor. Ou seja, o fermento natural protege o pão contra a ação de fungos.

3. É difícil de ser armazenado

Quando você faz o fermento natural pela primeira vez, pode utilizá-lo para a fabricação de vários pães, por muito tempo, sem a necessidade de fazer outro. Porém, muito se diz sobre a dificuldade de armazenar esse fermento ao longo do tempo.

Esse é um outro mito. Caso você utilize o fermento todos os dias, o que é comum em padarias e panificadoras, não é necessário, nem ao menos, refrigerá-lo. Basta alimentar diariamente para que ele possa ser utilizado no dia seguinte. Caso contrário, na hipótese de não precisar usar todos os dias, uma vez ativo, basta colocar o fermento em um pote com tampa e guardá-lo na geladeira.

Quando for utilizar, o chef Marcos Pickina recomenda duas alimentações antes do uso. “Retire da geladeira, acrescente água e farinha de trigo (exemplo: 100g de cada). Aguarde que o fermento retorne à atividade, passando do dobro do seu tamanho. Após, utilize a regra de 1:3:3, uma parte de fermento, três partes de água e três partes de farinha de trigo. Quando o fermento passar do dobro do tamanho (eu prefiro 2,5x), ele estará apto para fermentar massas de pão”.

4. É difícil de ser feito

O fermento natural demora um pouco para ser feito e, por isso, passa a impressão de que é difícil de ser feito. Porém, o processo é bem simples.

Para fazer o fermento natural, basta colocar água e farinha de trigo em um local adequado e limpo. As leveduras do ar irão começar a consumir esse produto e, com isso, iniciam o processo de confecção do fermento. Porém, é importante que você alimente-o, completando com mais água e farinha nas proporções adequadas, segundo uma receita de qualidade, ao longo dos dias. Após uma semana, você terá em mãos um fermento natural pronto para ser utilizado na sua padaria!

Quer uma receita de como fazer o fermento natural? Aqui tem uma!

Os benefícios do fermento natural

Como você já deve ter percebido, o fermento natural pode trazer uma série de benefícios, tanto para os seus clientes quanto para o negócio como um todo.

Para os seus clientes, você passa a oferecer pães mais nutritivos e saborosos, com índice glicêmico menor e de mais fácil digestão. Isso faz muito bem para os consumidores, que se sentem mais satisfeitos com os produtos da sua padaria no geral e, com isso, se mantém como clientes fiéis.

Porém, além disso, o fermento natural pode se tornar o grande diferencial da sua padaria, fazendo com que o seu negócio se destaque perante a concorrência. Isso porque o pão feito com fermento natural tem um sabor incomparável, além de ser bastante atrativo para quem vê. Ele é totalmente diferente do pão feito com fermento químico ou biológico e, com isso, atrai curiosos para a sua padaria.

A consequência é um aumento nos índices de fidelização de clientes e nas vendas da sua padaria como um todo. Além disso, você passa a atrair mais pessoas para o seu estabelecimento por oferecer um produto de qualidade e diferenciado para os consumidores.

Portanto, como você pode perceber, existem uma série de mitos que giram em torno da fermentação natural. Porém, ela é mais simples do que você imagina! Essa técnica antiga pode ser reinventada na sua padaria e servir como o grande diferencial do seu negócio para alavancar as suas vendas e atrair ainda mais clientes para o estabelecimento. Você ainda passa a oferecer produtos diferenciados e de qualidade para os seus clientes, encantando todos que entram no seu negócio!

Gostou do artigo? Quer descobrir mais mitos e verdades sobre a panificação? Então aproveite para ler também o nosso próximo artigo e descubra mais segredos sobre o pão!

Cake de Maçã e Nozes

Como ensinado AO VIVO durante a LIVE do Massa Madre Talks no instagram, segue receita e modo de preparo desse bolo, fácil de fazer e simplesmente uma delícia!

Ingredientes

  • 4 unidades maçãs médias
  • 200g açúcar refinado
  • 50g mel
  • 050g nozes
  • 75g ovos
  • 200g farinha de trigo
  • 05g bicarbonato de sódio
  • 1g sal
  • 10g fermento em pó
  • 50g óleo milho ou girassol

Modo de Preparo

  • Misturar as maçãs (cortadas e descascadas), o açúcar , o mel , as nozes e os ovos na batedeira planetária com a raquete.
  • Feito isso, adicione a farinha de trigo, bicarbonato, sal e o fermento em pó.
  • Por último, o óleo.
  • Distribua a massa nas formas de sua escolha já untadas e leve para assar em forno aquecido a 165-170ºC por cerca de 20 minutos.
  • Deixe esfriar para desenformar.